09/21/2020
08:32:07 AM
COMO FOI A MORTE DOS DISCIPULOS?
Os 3 evangelhos sinóticos trazem a lista dos 12 apóstolos (Marcos 3,16-19, Mateus 10,2-4 e Lucas 6,13-16).
Eles eram Simão, chamado de Pedro, André, irmão de Pedro, Tiago, filho de Zebedeu, João, irmão de Tiago e autor do 4 evangelho, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus - o cobrador de impostos e autor do primeiro evangelho, Tiago o menor ou Tiago de Alfeu, Judas Tadeu (em Lucas se chama Judas de Tiago), Simão o cananeu (Lucas chama de Simão, chamado Zelote) e Judas Escariotes, que traiu Jesus. Os Atos dos Apóstolos, no início falam de 11 apóstolos, faltando Judas, que morreu depois de ter traído Jesus. Depois da ascensão de Cristo Matias é escolhido como apóstolo, para ocupar o lugar de Judas. A Bíblia não conta como morreu cada um desses apóstolos. Os dados que temos não são certos e se baseiam em tradições ou nos escritos apócrifos.
Abaixo dou a lista dos apóstolos com as respectivas tradições inerentes às suas mortes.
Pedro: João 21,18 sugere que Pedro morreu na cruz. Clemente de Roma, que morreu em 95 depois de Cristo, diz que a sua morte aconteceu no tempo de Nero, por volta do ano 64. A tradição posterior diz que os romanos crucificaram Pedro de cabeça para baixo, pois o apóstolo teria pedido de não ser comparado com Cristo. Uma outra tradição diz que no período em que devia ser crucificado, encontrou, às portas de Roma, Jesus que lhe perguntou: quo vadis? (aonde vai?). Isto aconteceu enquanto Pedro estava fugindo de Roma para evitar a morte; o encontro teria mudado a sua decisão e voltou para Roma. Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração (Mateus 17.1-4). Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua crucifixão verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero. Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.
André: A tradição do martírio desse apóstolo está ligada à ‘cruz de santo André’, em forma de x, presente na bandeira da Escócia. Portanto teria sido crucificado numa cruz em forma de x. Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de Deus”. André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias” (João 1.35-42; Mateus 10.2). O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.
Tiago: o irmão de João, como conta Atos 12,1-2, foi martirizado em Jerusalém, por causa da perseguição de Horedes Agripa, por volta do ano 40 depois de Cristo. Em Jerusalém teve um papel importante na comunidade nascente. Na Espanha é conhecido como Santiago e uma tradição diz que ele, depois da ressurreição, foi anunciar o Evangelho naquele país. Além disso, conta-se que, depois do martírio, os restos mortais viajaram, milagrosamente até à Espanha, onde está o seu túmulo. Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia, Paulo Mori – Bacharel Teologia - Licenciado Filosofia, Pedagogia – Pós Graduado Docência do Ensino Superior – Técnico Eletronico pescador (Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e decapitado em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.
João: Conta-se que morreu com cerca de 100 anos. Foi preso, em Éfeso, no tempo do imperador Domiciano, em 89, e levado até Roma onde é condenado à morte. A pena, porém, foi mudada em exílio, em Patmos. Passou alguns anos naquela ilha e voltou para Éfeso, onde morreu. O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava” (João 13.23). Pescador, filho de Zebedeu (Mateus 4.21) o único que permaneceu perto da cruz (João 19.26-27). O primeiro a crer na ressurreição de Cristo (João 20.1-10). A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Apocalipse 1.9). Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos. Filipe: Atos dos Apóstolos afirma que ele se encarregou da evangelização da Samaria e de Cesaréia. Parece que era casado e tinha filhos (Atos 21). A respeito da sua morte sabemos pouco. Alguns dizem que morreu em Hierapolis, também crucificado, mas outras tradições afirmam que por causas naturais. Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael (João 1.43-46). Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.
Bartolomeu: é o apóstolo, amigo de João, que pergunta: Por acaso vem alguém que presta de Nazaré? A tradição diz que foi um grande missionário e que teria chegado até na Índia. Quanto à sua morte, conta-se que foi martirizado, tendo sido tirada a sua pele, provavelmente na Síria. Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47) Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.
Tomé: É o apóstolo que não acredita na ressurreição de Jesus, que pretende tocar o Cristo ressuscitado. Mas é também aquele que diz: Vamos morrer com Ele. Ele teria evangelizado na Síria e na Pérsia, mas sobretudo em Índia, onde foi teria sido martirizado. Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificaçã o (João 20.25). Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã. Mateus: O cobrador de impostos e escritor de um evangelho teria morrido em Etiópia e o seu túmulo se encontra em Salerno, na Itália. Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13). Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.
Tiago Menor: É o autor de uma das cartas católicas que tem o seu nome. Não sabemos quase nada da sua morte, mas pode ter sido martirizado em 62 depois de Cristo. Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62.
Judas Tadeu: Também escreveu uma carta, a última carta católica. Teria morrido mártir no ano 70, em Mesopotamia. Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?" (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.
Simão: Morreu, como conta a tradição, junto com Judas Tadeu, na Mesopotamia. É o apóstolo associado ao movimento dos revoltosos da Palestina contra o império romano, os Zelotas. Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.
Judas Escariotes: Traiu Jesus com 30 moedas. Mateus conta que, depois da morte de Cristo, ele se inforcou (27,3-5). Atos dos Apóstolos conta que foi substituido por Matias. Filho de Simão, traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida.(Mateus 26:14-16; 27:3-5).
PAULO Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67 ou 70 (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).
MATIAS Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.
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